CASA NOVA:

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24 de agosto de 2011

"Por mais que lutemos contra o tempo, ele sempre vence."

Informo que o blog a partir de hoje estará off por tempo indeterminado.
Algumas mudanças, o tempo curto, o cansaço e as férias prolongadas da criatividade me obrigam a dar um tempo por aqui.
Agradeço a todos que me acompanharam nesse período, pelo carinho, pela atenção. O que mais me dói é saber que a perda de contato com algumas pessoas será inevitável. 
Pra quem eu já tinha contato por aqui, se quiserem, podem me adicionar no facebook, tem um atalho na página ao lado. 
Ficarei feliz em encontrá-los por lá.
Beijo e luz a todos!
Até a volta!

18 de agosto de 2011

"Se olharmos as coisas de perto, na melhor das hipóteses chegaremos à conclusão de que as palavras tentam dizer o que penssamos ou sentimos, mas há motivos para suspeitar que, por muito que procurem, não chegarão nunca a enunciar essa coisa estranha, rara e misteriosa que é um sentimento."

(José Saramago)
"(...) Dor, susto, drama e tragédia, a gente nasce sabendo.
Saber ser feliz exige décadas para entender e, ao mesmo tempo, pede tão pouco.
Muitas vezes, se vive somente para relatar o quanto nossa vida é impressionante, mas lá no fundo persiste uma mágoa desconfiada de não vivermos o que realmente desejamos.
O que desejamos não se diz, se arde!"
(Fabrício Carpinejar)

13 de agosto de 2011


Pai, o homem da minha vida.

14 de Agosto - Feliz dia a todos os papais!

9 de agosto de 2011

"As bolhas de sabão que esta criança se entretém a largar de uma palhinha são translucidamente uma filosofia de vida. Claras, inúteis, passageiras, amiga dos ohos, são aquilo que são... Algumas mal se veem no ar lúcido. São como brisa que passa... 
E que só sabemos que passa porque qualquer cousa se aligeira em nós..."

(Alberto Caeiro)


**Pessoal, desde o final da semana passada,
não consigo comentar em alguns blogs.
Blogger mau caráter!!
Espero conseguir voltar logo!

8 de agosto de 2011


“Polisipo, em grego, significa “pausa na dor”. Têm sido, estes dias, polisipos...”
(Caio F.)

Tudo em mim tem sido esta vontade de afagar. Há tempos não me ocupo com outra coisa: em tudo que toco ou manuseio há o propósito de cura através do calor das minhas mãos.
Tudo em mim tem sido a necessidade de vivenciar profundamente.
Se as palavras têm estado ausentes, aceito este recolhimento delas. E espero que voltem com um coração pulsando muito vivo dentro de cada uma. Por isso a vontade de experienciar cada sensação plenamente antes de tentar decifrar organizando em textos o que tenho sentido.
Dentro dessa minha desaceleração, tenho descoberto muita coisa como, por exemplo, quão necessário é saber receber amor. Deixar que tudo seja troca antes de ser um troféu. Deixar que o caos se mantenha intacto antes que haja ajustes. Ando muito comprometida com as essências. E com um respeito súbito, a partir daí, pelas aparências. Não vejo menores importâncias, vejo acontecimentos. E tenho olhado pras coisas sem aquela grande gravidade.
Tudo em mim tem sido esta disposição para o amor.
E, se vocês pudessem me ver agora, veriam, existe carícia até no meu olhar.

(Marla de Queiroz)

5 de agosto de 2011

Marrecas Selvagens


"Algumas atravessam o lago voando na superfície, tão rasteiras no seu vôo que os pés vão roçando as águas, deixando atrás de si um leve sulco que logo desaparece. Mas outras fazem a travessia no fundo do lago: submergem completamente para só ressurgirem na outra margem. Então soltam gritos, as asas pesadas de lodo, arrastando ainda nos pés restos de plantas aquáticas. Eu olhava para as marrecas que escolhiam o fundo." 

(Lygia Fagundes Telles)


"Eu sou essa gente que se dói inteira
porque não vive só na superfície das coisas."

(Marla de Queiroz) 

31 de julho de 2011

O amor me fere é debaixo do braço,
de um vão entre as costelas.
Atinge o meu coração é por esta via inclinada.
Eu ponho o amor no pilão com cinza
e grão de roxo e soco. Macero ele,
faço dele cataplasma
e ponho sobre a ferida.

(Adélia Prado)

Abro uma antiga mala de velharias e lá encontro minha máscara de esgrima. Emocionante o momento em que púnhamos a máscara – tela tão fina – e nos enfrentávamos mascarados, sem feições. A túnica branca com o coração em relevo no lado esquerdo do peito,
‘olha esse alvo sem defesa, menina, defenda esse alvo!’ – advertia o professor 
e eu me confundia e o florete do adversário tocava reto no meu coração exposto.

(Lygia Fagundes Telles)

29 de julho de 2011

Leve...


(...) É isto que amamos nos outros: o lugar vazio que eles abrem para que ali cresçam as nossas fantasias. Buscamos, no outro, não a sabedoria do conselho, mas o silêncio da escuta; não a solidez do músculo, mas o colo que acolhe...
Como seria bom se as outras pessoas fossem vazias como o céu, e não tão cheias de palavras, de ordens, de certezas. Só podemos amar as pessoas que se parecem com o céu, onde podemos fazer voar nossas fantasias como se fossem pipas...

(Rubem Alves)


Bom final de semana a todos!

=]

26 de julho de 2011


(...) Onde estava o defeito? No amor mesmo talvez! Porque enfim, ela e Basilio estavam nas condições melhores para obterem uma felicidade excepcional: eram novos, cercava-os o mistério, excitava-os a dificuldade… Por que era então que quase bocejavam? É que o amor é essencialmente perecível, e na hora em que nasce começa a morrer. Só os começos são bons. Há então um delírio, um entusiasmo, um bocadinho do céu. Mas depois! … 
Seria pois necessário estar sempre a começar, para poder sempre sentir?

(Eça de Queiroz in "Primo Basílio")


"Nós, os perecíveis, tocamos metais,
vento, margens do oceano, pedras,
sabendo que continuarão, imóveis ou ardentes,
e eu fui descobrindo, nomeando todas as coisas:
foi meu destino amar e despedir-me.
(...)
Perecível amor...
Perecível vaidade
Perecível saudade.
E mesmo assim
Como a fumaça desse teu cigarro
Seguiremos...
Aos tolerantes agrados
Aos transcendentes estragos..."

(Pablo Neruda)